banca: chovem lucros durante a tempestade financeira

Continuo a reproduzir, com muito gosto e maior concordância, os artigos e ilustrações do blogue WE HAVE KAOS IN THE GARDEN:



Todos nos recordamos bem que a crise que justifica todas as malfeitorias por que passamos foi criada pela ganância do sistema financeiro, apoiada sobretudo na especulação imobiliária. Não foram só responsáveis por casos de fraude descobertos, pela especulação dos mercados, mas também o são pela dívida externa do país (basta ver que a maior parte da nossa dívida externa é privada e bancária e não do estado, como tanto gostam de apregoar). Faria por isso sentido que a banca fosse o sector que mais se estivesse a ressentir da crise, por ser o seu centro e origem. Mas não, nunca vimos a banca parar de aumentar os seus lucros, mesmo durante o epicentro da crise, apesar dos muitos lamentos que ouvíamos dos seus responsáveis. Se não, veja-se o que aconteceu no ano de 2010 em que os três maiores bancos privados tiveram um lucro que excedeu os mil milhões de euros. Nada tenho contra a banca ganhar dinheiro, mas pareceria lógico e justo que o estado exigisse à banca uma maior comparticipação nos sacrifícios que pede ao país, sobretudo sabendo que, de todas as actividades económicas, é a que menos impostos paga e a que mais engenharia financeira faz para pagar cada vez menos. Sem falar nos offshores e em todas as outras manigâncias que utilizam para escapar ao fisco. Mas não, o estado continua a olhar para o lado e a não se meter com os lucros da banca e da especulação mostrando bem que quem governa este país não são os interesses dos cidadãos, mas sim o grande capital ou, como agora gostam de lhe chamar, os "mercados".

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