coelho já é lebre

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Mas o coelho não pode cantar vitória, ainda falta muito para chegar à meta e a raposa, que toda a gente sabe ardilosa, tudo fará para lhe pregar rasteiras durante a caminhada. Por mim, podiam dar os dois, coelho e raposa, um tropeção valente, torcer uma patinha. A larguíssima maioria dos portugueses, os que não votam por descontentamento, os que votam noutros partidos, os que votam branco, os que votam nulo, agradeciam. Nesta trôpega democracia que nos amarfanha há tanto, somos governados por uma minoria, seja ela liderada por um coelho ou uma lebre. Galos não serão, mas adoram um bom poleiro. São, vistas bem as coisas, os reis da capoeira. Ídolos de gordas galinholas açambarcadoras de maçaroca, galarotes com manias de capão, galinholas que, cacarejando e rindo, não querem deixar de ser aquilo que são: galináceos. Não voam alto. Não sabem nem sonham. Capoeira, pocilga, chiqueiro, estrebaria, tanto se lhes dá como se lhes deu. Mas, carneiros como são, ficavam melhor num redil. A berregar contra a sorte madrasta que nada fazem para mudar.

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