está farto de sócrates?


Eu estou. Das mentiras, das encenações, do gasto sem rumo dos dinheiros públicos, de tudo o que vem dele porque nada vem dele que se aproveite. Um dos últimos golpes de teatro, o da apresentação do suposto programa de governo, um programa requentado como se sabe, ultrapassou todos os limites do auto-elogio e da deturpação da realidade.

Primeiro Plano: Portugal, segundo José Sócrates

José Sócrates sente-se injustiçado e por isso fez questão de mostrar aos portugueses, no programa eleitoral do PS, a sorte de o termos como primeiro-ministro. 

O mundo pode achar que as contas públicas são uma desgraça, que a segurança social é insustentável e que o País precisou de ajuda externa para pagar o que deve. No programa do PS, José Sócrates acha que corrigiu “o desequilíbrio das finanças públicas” e retirou “Portugal da situação de incumprimento na União Europeia”. 

A Europa pode achar que a função pública em Portugal é ineficaz e burocratizada, que os alunos saem mal preparados das escolas e que as empresas são pouco competitivas. No programa do PS, José Sócrates acha que lideramos “o ranking europeu dos serviços públicos electrónicos” e fomos o país que mais progrediu no “conhecimento, na tecnologia e na inovação”. 

Os eleitores podem achar que, nos anos do Governo socialista, Portugal subiu o défice de 5,4% em 2004 para 9,1% em 2010, duplicou a dívida pública e fez disparar a despesa do Estado. No programa do PS, José Sócrates acha que fez “o País progredir bastante” e escapar à recessão que atingiu a “generalidade da União Europeia”. 

Você pode achar que Portugal está em crise. Crise?! Qual crise?

Gonçalo Bordalo Pinheiro
Director Adjunto da revista Sábado

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