fernando nobre e PSD em contradição

O PSD vai apoiar as medidas propostas pela troika, por muito que vá disfarçar e lançar algumas farpas ao governo (mas não à troika); mas Fernando Nobre, seu candidato número 1 por Lisboa, e putativo aspirante a número 2 da República, não está de acordo. Das duas uma: ou Fernando Nobre leva um puxão de orelhas e amanhã vem dizer o contrário do que disse hoje ou, então, quem leva uns açoites é Passos Coelho por ter escolhido tal cabeça de lista numa desastrada estratégia eleitoralista de que não vai colher fruto algum. Por este andar, muito antes pelo contrário. 

Fernando Nobre diz que medidas do memorando representam um violento ataque ao Estado Social
Lusa

O cabeça de lista do PSD às legislativas por Lisboa, Fernando Nobre, afirmou hoje que as medidas do memorando de entendimento entre o Governo português e a troika representam um ataque violento ao Estado Social.

Fernando Nobre, que falava à agência Lusa após uma visita ao Centro Comunitário e Paroquial da Ramada, em Odivelas, justificou as críticas com as medidas que prevêem a redução nas isenções fiscais da Educação e na Saúde e o aumento das taxas moderadoras. 

"Já não bastava o preço dos medicamentos estar a um nível que poucas pessoas os podem pagar. Com estas medidas avulsas que já vieram à tona pode dizer-se que o Estado Social está a ser atacado violentamente", sublinhou. 

Fernando Nobre teceu ainda críticas ao Governo liderado por José Sócrates que, no seu entender, é "o grande responsável" pela necessidade de haver ajuda externa

"O Governo de José Sócrates em seis anos provocou um défice do Estado de 80 mil milhões de euros, mais do que nos 31 anos pós 25 de Abril. Esta ajuda mais não serve do que compensar o desvario financeiro existente nos últimos 6 anos", reiterou. 

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou na terça-feira à noite, numa comunicação ao país, que o Governo conseguiu um "bom acordo" com a troika internacional com vista à ajuda financeira a Portugal. 

O empréstimo será de 78 mil milhões de euros durante três anos e inclui a recapitalização da banca, caso seja necessária. 

O plano acordado entre o Governo português e a troika será discutido pelos ministros das Finanças da União Europeia na reunião de 15 e 16 de Maio.

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