quem cabritos vende e cabras não tem ...


Felícia Cabrita foi à televisão. Em prime time. Um ror de tempo no telejornal a perorar sobre o Estripador de Lisboa. Uma descoberta dela, depois de longa investigação. Mais tarde, leio nos jornais que terá sido o filho, concorrente da Casa dos Segredos, que denunciou o pai. Portanto, coisa recente pelo que não entendi qual foi a investigação ou sequer a descoberta de Felícia Cabrita. Finalmente, diz-se que tudo não terá passado de uma brincadeira pelo que, mais uma vez, não consegui perceber como é que Cabrita, ao que consta uma jornalista com largos anos de tarimba, caiu na esparrela e se espalhou ao comprido (a não ser que a história dê uma reviravolta, tudo pode acontecer neste portugalinho de opereta em que nos transformámos).

Felícia Cabrita foi a mesma que "investigou" (depois disto, sinto-me no direito de colocar a palavra entre aspas) e escarrapachou nos jornais, pela primeira vez, o caso Casa Pia. Pergunto: que credibilidade merece toda a história que ela contou na altura se, ao que tudo indica, o "jornalismo" que pratica não é o do rigor e o da verdade mas, antes, o do sensacionalismo barato e o da sede de protagonismo?

Aguardemos os próximos capítulos. Que o caso não caia no esquecimento, para lavar a reputação profissional da senhora. Porque, em toda a sua história da Casa Pia, Cabrita poderá ter trazido a lume factos e nomes de supostos culpados com a mesma leveza, a mesma leviandade com que, pelos vistos, veio agora excitar as multidões com o regresso do Estripador. 

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