loucos, criminosos ou loucos criminosos?


Se o governo tivesse acabado com o compadrio, o amiguismo, a corrupção e o tachismo, eu até podia estar do seu lado. Se o governo tivesse ido cobrar impostos a quem não os paga e cobrado mais aos que mais ganham, não lhe sonegaria elogios. Se o governo tivesse poupado nos seus automóveis, assessores, alcavalas, estaria agora a aplaudi-lo. Se o governo tivesse bloqueado o pagamento de duplas e triplas pensões a políticos e ex-políticos, aceitaria de bom grado pagar o meu quinhão para liquidar a dívida à troika e correr com essa gente de vez. Mas o governo prefere ir buscar dinheiro a quem menos tem ou aos abusados do costume, ao mesmo tempo que destrói empregos, empresas e o que resta da economia. Impõe sacrifícios desumanos, ressuscitando práticas dignas dos tempos da revolução industrial. Atira milhares de pessoas para a mendicidade, a sopa dos pobres, a caridade. Aumenta transportes, gás, electricidade, curiosamente os sectores que quer privatizar, ou seja, entregar de mão-beijada à grande democracia chinesa e afins. Rouba subsídios e salários. Exige que se trabalhe mais horas. Elimina dias de férias e feriados. Desincentiva o consumo ao ponto de paralisar o comércio quase por inteiro. Embaratece os despedimentos, para que mais e mais pessoas possam ir viver debaixo das pontes, enquanto houver espaço e vontade de viver.

Não são exemplos mais do que suficientes para provar, sem margem para dúvidas, que estamos perante um bando de criminosos? Ou de loucos criminosos?

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