mexias iluminados

Para os chineses, uns belos milhões. Para o Mexia, 3000 euros por dia. Leu bem: três mil euros por dia. Afinal a coisa dá lucros e chorudos, uma árvore das patacas inesgotável. Mas alguém tem que pagar a conta: os velhos pagam-na quando morrem por não poderem aquecer as suas casas; as empresas pagam-na ao falirem por não aguentarem os custos energéticos (maiores do que os do trabalho, essa é que é essa); a maioria dos portugueses paga-a com aumentos escandalosos do gás, da electricidade, da gasolina, dos transportes, dos impostos, paga-a com as infames reduções salariais, com o desemprego, o embaratecimento da mão-de-obra de que, há dias, tanto se ufanava António Borges. E um governo mais moralista do que todos os santinhos do céu juntos em oração tenta pôr as contas do País em ordem, custe o que custar. À nossa custa e à custa do nosso bem-estar, das nossas economias, quando as temos, da nossa saúde, da nossa vida. Mas isto ainda está bom para alguns. Os que mexem nos cordelinhos do poder, os mexias, os messias do dinheiro. O mexilhão, esse, lixa-se. Sempre.

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