o país inclinado


Mário Monti afiança que a Itália não vai precisar de ajuda externa. O mal é quando eles dizem isso. Olhem para o Sócrates. Olhem para o Rajoy. Os mercados, esses deuses omnipotentes e omnipresentes, tão divinos que eu nunca os vi mais gordos (mas há quem se ajoelhe perante eles, deve ser para rezar), os mercados, dizia, tudo farão para que Itália precise de mandar entrar a troika portas adentro. Ele há-de haver, ai pois há-de, italianos a ganharem demais, principalmente se forem pobres, leis de trabalho demasiado benevolentes, férias e feriados que se podem cortar, pensões de reforma que se podem baixar. Oiçam o que vos digo. Já falta pouco. Caminhamos a passos largos para a queda. Que os deuses nos acudam. Ou nos enterrem de vez.


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