portugal de bandeja


Merkel esteve cá na segunda-feira. Atrás dela, todo um séquito de empresários, a nata alemã do dinheiro, os verdadeiros detentores do poder. Alguns dias depois, aparece-nos o presidente da Colômbia acompanhado, entre outros, por Efromovitch (sim, esse, o que nos quer comprar a TAP ao desbarato).

Quais são os senhores e senhoras que se seguem? O presidente de Angola? A sua filha Isabel dos Santos? Um dos seus muitos generais? O presidente da China? Um qualquer ditador dos muitos que por aí há? É aproveitar. Saldos! Saldos! Saldos!

Mas, para que Portugal se torne suficientemente atractivo - e a liquidação total uma realidade -, é preciso reduzir ainda mais os salários, empobrecer os portugueses. Porque ainda há fábricas que se estão a "deslocalizar" para a Tunísia, a China, Marrocos, países onde a escravidão é ainda mais assumida do que cá. Tanto faz que seja indústria poluente, o Estado português vai dar uma ajuda, apoios fiscais, leis laborais dignas do terceiro mundo, ordenados de miséria. Para isso, é preciso despedir mais e mais portugueses, sufocá-los em dívidas, condená-los à fome, levá-los a recorrer à mendicidade, à sopa dos pobres, à Isabel Jonet e associados, sob os auspícios de Pedro Mota Soares. Para que por fim aceitem, como um maná caído dos céus, sem um protesto, um pio, qualquer emprego, a qualquer preço, em quaisquer condições.

Para os mais distraídos, para os adormecidos, para os votantes nos partidos do poleiro, os airosamente chamados partidos do arco de governação, conviria talvez ler um livro, basta um. Sugiro o "No Logo", de Naomi Klein. Para ficarem a saber o que vos espera.


Imagem: http://www.dreamstime.com

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