black friday


Ouvi distraidamente, como convém a quem quer manter a sanidade mental, o sinistro ministro (longe vão os tempos em que muitos portugueses achavam graça ao seu sentido de humor, à voz pausada e à falsa cordialidade). Todos os números estão piores do que há escassas semanas, do desemprego aos outros indicadores económicos, e não faltará muito para que sejam revistos em baixa, cada vez mais em baixa, a roçar as águas turvas das cloacas neoliberais. Mas Gaspar está contente, embora o semblante de tolo da aldeia não o deixe transparecer: estamos bem e vamos melhorar ainda mais, os portugueses o que têm que ter é paciência, muita paciência, porque quando os seus salários baixarem até níveis miseráveis então sim, então é que o processo de ajustamento terá um happy end. Como num filme de terror.

Dizem os jornais desde há vários dias, o PSD está a subir nas intenções de voto. O prémio mais do que merecido para o bando de revolucionários extremistas, de direita, que está a destruir Portugal e os portugueses. Receio que sejamos masoquistas. Ou parvos. Ou, pior, abstencionistas. Não votar é votar na camarilha que nos tem arrastado para a indigência, é deixá-los à rédea solta, é dar-lhes o poder de mão beijada. Votar em qualquer outro partido, seja ele qual for, será enfraquecer os do "arco de governação" e contribuir para que, das duas uma, ou se regenerem ou desapareçam da cena política. Não lhes sentiremos a falta.

Imagem: http://wehavekaosinthegarden.blogspot.pt/

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