portas de entrada


Paulo Portas, que ficará para a história com o cognome de O Irrevogável, criou há uns tempos o Golden Visa, um visto que escancara as portas de Portugal - e, consequentemente, as portas do espaço Schengen -, a todo o tipo de investidores que, de outro modo, teriam mais dificuldade em fazer negócio dentro da Comunidade Europeia. Uma boa notícia para alguma gente de fortuna rápida de questionável origem. Em primeiro lugar no topo da atribuição de Golden Visas temos até agora os chineses, esses pacíficos representantes do sistema que já alguém chamou, com muito pouca vergonha na cara, de capitalismo socialista (sendo portanto aceitável, para algumas mentes "progressistas", os espaços económicos especiais que mais não são do que campos de trabalho escravo, a multiplicação de uns quantos milionários ao lado de milhões de pessoas a viver na mais absoluta miséria, o pouco respeito pelo ambiente de que todos viremos a sofrer as consequências, a falta de liberdade e por aí adiante, que os crimes desta gente têm tudo de capitalismo e nada de socialismo). Depois dos chineses seguem-se na lista, e não é por acaso, os brasileiros, os russos, os angolanos, os sul-africanos e os colombianos. Diz quem sabe que esta gente paga, a pronto, casas no valor mínimo de meio milhão de euros. Não mais do que alcagoitas, uma ninharia, uns trocos em troca de negociatas de milhões. Temos, assim, Portugal invadido pela pior escória da China, da Rússia, do Brasil, de Angola ou da Colômbia, ao mesmo tempo que os alemães nos mandam viver como os mais martirizados dos chineses, brasileiros ou angolanos. É a globalização no seu melhor. Obrigado, Portas amigo. Dê cumprimentos ao Coelho.

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