irmãos de sangue


Não há dúvida: François Hollande está a dar mais umas golpadas sangrentas na social-democracia. Já quase nada o distingue do Coelho e de outros neoliberais de pacotilha. Depois de tantas promessas, depois de jurar ir fazer voz grossa à Merkel, depois de avisar que a austeridade estava a matar a economia, eis que se anunciam medidas draconianas no novo orçamento de Estado francês.

Conhecemos a música e a lírica de cor e salteado. Quem paga são sempre os mesmos. Em salários cortados, em impostos aumentados, em direitos sonegados. Os que andaram pelos países do Sul, os gregos e latinos, seitas bárbaras já se vê, a viver acima, muito acima, demasiado acima das suas possibilidades.

Ainda há dias, essa espécie de sociais-democratas que governam a Holanda vieram avisar, pela voz do novo rei, que o Estado Social tinha acabado. Holanda e Hollande em união perfeita, sincronia absoluta, inebriante uníssono. Já nem falo do Seguro que esse, se algum dia for governo, para mal dos nossos pecadilhos, não precisa de enterrar ainda mais a social-democracia. Ela estrebucha de vez com ele.

Solidariedade? Humanismo? Justiça Social? Equidade? Serviço Nacional de Saúde? Educação para todos? Amparo aos velhos, aos doentes, aos mais desfavorecidos da sociedade?

Já foi chão que deu uvas. E eles, de Merkel a Hollande, de Barroso a Passos, estão bêbedos. Ou doidos varridos. Psicopatas encartados.

Isto não vai, não pode ficar assim. A História é disso prova. Sempre que os poderosos puxam demasiado a corda, ela rompe-se e eles tombam. Que a queda lhes seja fatal.

Imagem: http://wehavekaosinthegarden.blogspot.pt/

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