e a violência contra os trabalhadores, os desempregados, os idosos?


Pensei que já se tinham calado, os trombeteiros do regime. Mas não. Continuam a dar trombadas pelos órgãos do costume, os de comunicação social bem entendido, que, atentos, veneradores e obrigados, acorrem pressurosos a gravar os dislates e disparates de qualquer um com nome na praça. E esses com nome na praça, sejam Marcelos ou Melos, vêm dizer - e o que dizem é letra de lei - que Soares anda a apelar à violência.

Lembro, aos desmemoriados Marcelos e Melos, os idos de 75. Nessa altura, com razão ou sem ela, Soares achou que Portugal estava a cair numa ditadura. Para gáudio de Melos e Marcelos, recorreu a linguagem bem mais intempestiva do que a de agora. Sem que os Melos, Marcelos e demais marmelos tenham acusado Soares de apelar à violência.

Soares foi então, para os Melos, Marcelos e outros caramelos, o herói da Pátria. 

Pois que o seja também agora.

Porque violento é o desgoverno de Passos. Violentos são os seus decretos e projectos de empobrecer Portugal, depenar os portugueses, transformá-los numa mole obediente de mão-de-obra barata. Violenta é a forma como são tratados professores, alunos, idosos, desempregados, doentes, funcionários públicos, trabalhadores privados. Violenta é a venda de parcelas do País a quem der mais e, às vezes, até a quem der menos. Violentos são os impostos e os roubos nos salários. Violenta é a imposição de mais trabalho por menos dinheiro, menos férias, menos feriados, menos direitos, todos os deveres.

Violentos são eles. E, quem não sente, não é filho de boa gente. Eu, não sendo Marcelo nem Melo, prezo-me de ser bem nascido. De gente pobre, honesta, trabalhadora, melhor do que qualquer Melo ou Marcelo que por aí ande às trombadas.

Ao contrário deles, que estiveram com Soares nos idos de 75, estou com ele agora.

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