dissecação



E este desenho, já é aceitável? Não é a bandeira que lá está, será um português, desempregado, desesperado, depenado? E os abutres e os lobos e as hienas, quem são? Os carnívoros, que se sustentam da nossa carne? Os mamíferos, que se alimentam na teta do Estado? Os aldrabões, os vilões, os poltrões? Os sacanas e as suas manas? Os sujos e os sabujos? Talvez larápios, corruptos, sanguessugas, chupistas, egoístas, oportunistas, salafrários, milionários, tolos e parolos. Porque pobreza haverá sempre. Porque o dinheiro é de quem o amealha. Porque a terra não é de quem a trabalha. Porque há os empreendedores e os resignados. Os gestores e os empregados. Os matreiros e os calaceiros. Os chicos-espertos e os tansos. Os aguerridos e os mansos. Os filhos de boas famílias e as famílias sem bons filhos. Os filhos da puta e os filhos que não dão luta. Os fura-vidas e as vidas furadas. A fina-flor e o restolho. A nata e o entulho. O bagulho e o esbulho. Os que vivem acima das suas possibilidades e os que não têm possibilidades de viver. Os vencedores e os derrotados. Os lúcidos e os alienados. Os sortudos e os azarados. Os anafados e os esfomeados.

Os degolados.

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