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A mostrar mensagens de dezembro 28, 2014

uma vez laranja, sempre laranja

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O presidente falou esta noite. Falou e disse. Disse como tudo está melhor, a economia, o emprego, as contas públicas e por aí fora, num desaforo propagandístico que só visto, contado ninguém acredita. Mais uma vez, amparou Passos e a sua gente. As eleições vêm aí, é preciso garantir aos laranjas o que aos laranjas pertence por direito divino e boa governança. Não sei se repararam num pormenor: uns segundos depois do presidente apregoar as suas loas, já um membro laranja aparecia na televisão numa alocução escrita em resposta à banha-da-cobra cavacal. O que comprova que os laranjas tiveram conhecimento antecipado do teor da belenzada. Gomos da mesma árvore azedada, é o que vos digo. É preciso ter estômago para os ver e ouvir.

venho da festa!

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Deixem-me ser desmancha-prazeres e atirar-vos com um bom balde de água fria: hoje, já é dia 1 do ano da graça de 2015. A partir de hoje, aumenta a gasolina, o tabaco, a electricidade e o mais que as sanguessugas pátrias ainda não anunciaram. A partir de hoje, a reforma fica mais longe. A partir de hoje, teremos que aturar, por mais 365 dias, o Silva de Belém e a Merkel do Bundeskanzleramt. Só o Mamede de São Bento irá desaparecer, a não ser que as promessas e as chicuelinas cantem e encantem mais alto do que os roubos perpetrados ao longo de quatro longos, penosos, execráveis anos. Seja como for, que cheguemos vivinhos do Costa a 2016. Do mal, o menos. Não nos curará as maleitas, mas irá aliviar-nos das dores que penamos há tanto, do nojo que nos enluta. Um annus tudo menos horribilis , é o que vos desejo!

o verdadeiro milionário

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Qual Amorim corticeiro, quais Alexandre e Belmiro merceeiros, quais Espíritos Santos banqueiros! Com tantos milhões que, em parangonas constantes, o Correio da Manhã jura serem propriedade de Sócrates, este sim, é o homem mais rico de Portugal. Não faz parte da lista Forbes por pura injustiça, por inveja dos terráqueos e batráquios que, despeitados, nunca lhe chegarão aos calcanhares, que lhe cobiçam o cárcere em Évora, a vidinha parisiense, as charlas na TV, os cambalachos nunca provados mas que, como não há fumo sem fogo, são tão certos como eu me chamar Portas ou Deneuve, Paulo ou Catherine. Ainda lhe hão-de descobrir, o Correio da Manhã, Felícia Cabrita e o juiz da moda, ligações à Al Qaeda, amores impróprios, amizades com as máfias russas e chinesas. Com a aturada investigação e o rigor que caracterizam os artigos que o Correio da Manhã costuma obrar, ainda se há-de vir a saber que Sócrates, afinal, está por detrás não só da crise financeira de 2008, mas também da II Guerra Mu

gomorra revisitada

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Alessandro Bavari Estou-me a ver grego para aguentar este final do ano. E não é por causa do frio. Leio, e não creio no que leio, que o FMI vai suspender a "ajuda" à Grécia até às próximas eleições. Meu bom povo, o grego e o português ou qualquer outro que queira ser governado por gente de bem, atentem no que vou dizer: o FMI não deixa. E, mesmo que deixe, não deixa a Alemanha ou, se for latino americano ou africano ou asiático, não deixam os Estados Unidos, esses grandes líderes do mundo e arrabaldes. Eles estão aqui, exércitos e políticos, instituições e eleitores, para nos proteger das garras de quaisquer laivos de comunismo, de Estado Social, de Justiça Social, de liberdade, igualdade, fraternidade, porque a Revolução Francesa já lá vai há muito e a Russa deu com os burros na água com excelentes resultados: algumas dezenas de multimilionários e um povo que não passa da cepa torta. Milionários que viajam em avião particular, consomem carros de luxo, mansões de mil

dois submarinos sem portas

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a minha figura do ano

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Se articulistas, analistas, colunistas, conferencistas e demais alpinistas da palavra paga andam por aí a eleger a sua figura do ano, eu também quero anunciar a minha: o Papa Francisco. Um homem que anda a aterrorizar cardeais, bispos e demais dinossauros excelentíssimos da Igreja Católica. Que fala de tudo com o destemor e a frontalidade dos seres excepcionais. Que condena a economia que mata. Que apela à tolerância e ao diálogo. Que não distorce a palavra de Jesus em prelecções hipócritas. Num mundo fustigado pela cupidez, por ódios e guerras, por políticos frouxos e pelos seus amos e senhores, os que querem subordinar todo o planeta à sua vontade e insaciáveis interesses, o Papa é um sinal de esperança.  Com ele, com homens e mulheres como ele, nem tudo está perdido.